É
impressionante o contexto da “liberdade de expressão” no Brasil
pós-2018.
Conforme
disciplinado no art. 5º, IV da CRFB, é livre a manifestação do
pensamento, sendo vedado o anonimato. Claro que eventuais abusos
podem ser reparados pela via própria, como dano moral, social,
âmbito penal, eleitoral etc. Tais direitos, insofismáveis, são
também previstos no artigo XVIII da DUDH e 13 da Convenção
Americana de Direitos Humanos.
Os
adeptos do pós-modernismo (definição dada pelo magistral mestre
Jordan Peterson ao neomarxistas e satélites ideológicos) tem uma
sanha intensa pelo duplipensar.
Em
vários contextos podem colocar o que quiserem e expor qualquer
absurdo, todavia sem qualquer tipo de sanção por parte do Estado e
da sociedade atualmente letárgica, consequência de décadas de
doutrinação ideológica direta e indireta, onde se valoriza somente
quem diz a mensagem, ou a forma como ela é dita, mas nunca seu
conteúdo material.
Assim,
pouco importa a base legal dos argumentos ou mesmo seu conteúdo para
a patrulha da imoralidade ideológica marxista-liberal, ou mesmo pros
liberais que são, em verdade, esquerdistas envergonhados do ódio
aos mais ricos (*leiam o caminho para Wigan Pier).
Essa
assincronia de liberdade de expressão e pensamento de acordo com o
caminho ideológico escolhido vem sendo montado há tempos na
sociedade, e remonta até a vontade de calar o outro por conta de não
se “tolerar determinados argumentos”, assim foram solidificados
chavões e frases de efeito ridículas, como o “lacrou”, que nada
mais é do que tentar fechar um diálogo por uma breve superioridade
argumentativa baseada em moral ideológica de esquerda, seja ao
tentar tomar conta de minorias sociais/econômicas como de sua
propriedade, ou mesmo para impor uma barreira moral que se superada
vão argumentar que o outro interlocutor é um “monstro”, um
“fascista” e outros “istas” decorrentes desse raciocínio.
De
todas as incoerências sobre a liberdade de pensamento, vejo a
suposta defesa da democracia por partidos como PT, PSOL, PC do B,
PSB, REDE e seus satélites. Essa alegada “defesa” é mais falsa
que uma nota de três reais com a cara da Joyce Hasselman, já que os
partidos socialistas e comunistas defendem a inexistência de
qualquer liberdade que se afaste do pensamento do Estado
ideologicamente pensado por eles. Pensar diferente é crime, é
errado.
Nessa
esteira, vivemos o mundo atual, onde você só tem liberdade de
expressão se for de acordo com a ideologia da esquerda nacional e
internacional, pensar diferente virou um ato contrarrevolucionário,
é aceitar sofrer perseguições ou chacotas, principalmente no nível
pessoal, já que essa turma adora um ad hominem.
Então
é plenamente aceitável pela mídia, que é pautada pela esquerda,
falar em matar o presidente, tacar fogo no país, dizer que gente vai
morrer se prenderem o lula, falar sem qualquer prova que juiz é
ladrão e, principalmente, o que é repetido todo o santo dia: mandar
o outro se calar, porque no fim das contas é isso, não se aceita
qualquer debate porque isso derrubaria a base de sua ideologia, sua
visão de mundo, mostraria a realidade nua e crua de um mundo onde o
sofrimento não só existe, mas é essencial para a vida e maturidade
humana.
O
niilismo e hedonismo predominante no pensamento do marxista
pós-modernista na América Latina tem como base de que o mundo é
errado porque é desigual. Nada mais mentiroso do que a igualdade dos
seres humanos, onde vivemos, pensamos e sofremos as escolhas que
fazemos e as que fazem por nós. Mesmo máquinas ou processadores com
componentes exatamente iguais tem processamentos e resultados
diversos, a superação do sofrimento ou de lidar com ele é a maior
riqueza que um homem pode ter, porque exige sua desconstrução e,
daí, a edificação de valores mais sólidos, seja quantas vezes
isso for necessário.
Nessa
semana, vi um dos atos mais autoritários partir do Ministro Celso de
Mello, do STF: falou que o “atrevimento presidencial não parece
encontrar limites”, quando foi comentar sobre o vídeo lançado
pelo Bolsonaro sobre ele como um leão cercado por hienas, sendo uma
delas a Máxima Corte.
Ora
pois, o Presidente não tem o direito de se indignar? Não pode
exprimir que se acha acuado por todos os lados, INCLUSIVE pelo STF?
Tal dado nem é narrativa, é fato notório, mas o assédio da Corte
em manter sua legitimidade jurídica, nem que seja na marra, busca
calar a tudo e a todos, em uma empáfia aí sim, da mais alta
ditadura existente, que é a do judiciário.
Na
data de hoje, saiu uma entrevista com a jornalista Leda Nagle, onde
Eduardo Bolsonaro fala que a radicalização dos protestos, se chegar
em um nível de sequestros, homicídios e atentados contra o estado,
vai receber uma resposta, seja um AI-5 ou algum ato legislativo
próprio, como citou inclusive o caso de plebiscito ocorrido no
estrangeiro.
Curiosamente,
toda a mídia se arvorou contra Eduardo Bolsonaro, juntamente com a
esquerda com dor-de-cotovelo, os traíras vira-casacas e os liberais
camisinhas de comunistas (MBL), esquecendo que, não só o mesmo tem
imunidade parlamentar para dizer o que entende ser certo, já que
REPRESENTA PARTE DO POVO QUE O ELEGEU, mas também que o argumento
não demonstra inverdade alguma, seja doloroso como for para quem
sentiu qualquer efeito do AI-5, tais movimentos institucionais
decorreram de um estado de exceção marcado após 1964 (13.12.1968),
onde situações extremadas levam a consequências extremadas.
Claro
que falta também um senso de proporção, onde nos quase 20 anos de
ditadura militar (1968-1985), morreram pouco mais de 400 pessoas,
muitas colocadas na costa do Estado porque vitimizadas pela própria
esquerda em seus justiçamentos (Guerrilha do Araguaia que o diga..),
o que é bem diferente dos mais de 100 MILHÕES de seres humanos
eliminados pelo comunismo e socialismo no mundo, de Mao-Tse, a
Stalin, de Che Guevara aos governos chinês e venezuelano.
Para
superar a isso o movimento orgânico vem se desenvolvendo cada vez
mais, superando cada barreira colocada pelo sistema (limitações de
compartilhamentos no whatsapp, retiradas de likes no instagram,
artigo 13 na internet, modificações da política do Youtube e agora
a tentativa do Twitter limitar por CPF cada cadastro). Todas essas
medidas tentam conter o que é impossível de conter, a vontade de
externar a insatisfação com quem quer calar as vozes da realidade.
Nada
o que foi falado por Bolsonaro na campanha sobre seu programa de
governo é falso ou artificioso, diferente das propostas absurdas de
Cirocaína de imprimir dinheiro pra tirar o país do caos econômico
(além de expulsar as pessoas do SPC no tapa) e do Mhaldadd de conter
a criminalidade acendendo luzes (então não tem crime durante o dia
não caralho?).
A
vitória sobre quem duplipensa, dominado pela cegueira ideológica,
não é entrar em seu jogo, onde qualquer das faces da moeda é
vitória (se não ataca é acordão, se ataca é crime de
responsabilidade, WTF), mas sim expor a lógica por trás de seu
pensamento, o rancor de suas argumentações, a inveja de sua voz e,
sobretudo, a ignorância completa que ele tem sobre si mesmo e sobre
os demais, ao renegar como papel de vítimas toda uma sociedade
sedenta por serem os heróis.
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